Sonetos : 

Natureza Triste

 
 
Natureza Triste
 
A chuva que dá pancadas nas telhas,
Pontos luminosos são cinderela.
A negridão pura sem sobrancelhas,
Escarro meus olhos numa janela.

Nestas pupilas está reflectido
Um vulto no líquido destilado.
Plantado neste espaço protegido,
Rasgam-se outros de inveja no seu estado.

E a pressão invariável causa danos
No exterior, remove alguns ciganos,
Caucasianos e angolanos. Lar

Que assim deixa de estar então ao seu alcance,
A tristeza da natureza: chance
Para que possamos então mudar?


António Botelho


Há muito que meus tons melódicos poéticos não se gesticulam em escrita ou sapiência mental, pois eis que o amor chegou e a poesia abafou...

 
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antóniobotelho
 
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