Crónicas : 

DEVEMOS AGRADECER A TODO O INSTANTE

 

Pessoas agradecidas à vida, mesmo que tenham poucas posses ou riquezas, são pessoas felizes. A felicidade advêm-lhes de um estado de alma puro e de uma sobriedade sem precedentes. Conquanto reina a alegria, maior é o encantamento
pela vida e pelos amigos e familiares, vizinhos e conhecidos, fazendo todos parte de uma grande família. Saber agradecer o que se tem, com a verdade no coração, é sinónimo de satisfação pessoal e as pessoas vão na vida de braço dado com a solidariedade e o regaste nas mãos, de todos os valores morais, que devem reinar numa sociedade, que preza os seus fundamentos.

Agradecer sempre é estar em sintonia com a natureza, pois é ela que rege as nossas vidas, de uma maneira muito peculiar e única. Só agradece quem sabe viver em comunidade, dentro de uma sociedade pluralista, onde crenças e raças se misturam, como um bem maior, onde não cabem o estigma, o fundamentalismo e o sentimento impróprio e racista, do xenofobismo. Ninguém está acima de ninguém, somos todos filhos das estrelas, que cintilam à noite no grandioso Universo, que somos nós, com as nossas condutas e gestos tidos. Saber ser generoso é um acto de gratidão, num elevado grau de consciência humana.

O agradecimento deve ser espontâneo, só assim surte o efeito desejável, na vida de todos nós, com as pessoas a viverem em comunhão fraternal e «parental». Assim não haverá lugar aqui para repatriações, como todos sabemos estar a acontecer em França e noutros países, que estão a seguir a mesma linha do procedimento xenófobo, dos franceses. Estes países não são de forma alguma agradecidos, à riqueza que esses emigrantes geram. O que se está a passar é uma limpeza étnica, em pleno século XXI, com os países ricos a assistirem e a nada fazerem, sentindo-se apenas incomodados diplomaticamente.

Mas continuemos a agradecer a boa vontade das pessoas, pois só dessa forma podemos combater actos vergonhosos como estes, para com os povos mais carenciados e em minoria, num país que passou a ser o seu por direito. O agradecimento deve vir lá bem do fundo de nossa lucidez e esclarecimento. Ensinar a agradecer é o que faz falta. Agradecer pelo que temos e não temos, essa é a magnificência de cada um, ricos ou pobres. Devemos combater a segregação
inserindo os povos alienígenas num agradecimento global, fazendo-os parte de nós, por inteiro, não só como propaganda fascista.

Somos pequenos demais neste imenso Universo, para agirmos com egoísmo. Agradecer deve ser um acto de «fé» e de responsabilidade animosa, jogando para trás das costas a omissão, agradecendo à vida o que esta nos dá. Só agradecendo nos tornamos mais felizes e capazes de singrar na vida e de fazer a diferença, de entre os outros, também eles iguais a nós e agradecidos à vida que levam. Acabemos com a mal querença e demos todos as mãos, sem segregações ou notas de infâmia, perante a diferença de cada um, pois é lá que está a igualdade de todos, pessoas como nós. Agradeçamos pois e sejamos solidários.

Jorge Humberto
12/09/10




 
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