Vem, vem comigo ofertar um raio de sol
Levar ao mundo um sorriso de alegria
Vamos fazer da noite continuamente dia
Emaçar as dores num amplo e branco lençol
Desnudar do preto tornar em rouxinol
Aquela criança de além, que morre de asfixia
Os velhos cansados em adiposa agonia
O mundo raivoso embebido em metanol
Vamos estender o Natal que se avizinha
Pelo ano todo, e vais ver és mais feliz
Esquece as tuas dores, não passam de grainha
Num amontoado de vazio que maldiz
Esquecendo o outro que morre sem lamento
Vem, vamos olhar com olhos de eterno aprendiz.
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...