Revejo a inquietude latente
do teu corpo ansioso,
inundando de mudos apelos
o vácuo sonoro dos sentidos...
Recordo a inpaciência prostrada
dessa mente revelada,
inebriada pelos cálidos vapores
das emoções descobertas...
Relembro o ruído do silêncio...
quando as vozes se calam e
os corpos se aquietam,
e só as almas comunicam...
Revivo o amor!
E revivo o milagre que faz
com que dois seres se unam,
comungando a essência do ser,
do sentir e do respirar.
E nesse instante em que o amor
tranborda em torrentes de paixão,
teu sangue circula nas minhas
artérias dilatadas por esse fogo,
deixando que o coração sinta
o contínuo e arfante expandir
dos alvéolos purificadores do existir.
E a poesia acontece:
- Os corpos celestes impregnam
nossos seres, iluminando
a comunhão do amor.
Sintra, 10/06/2007