Poemas : 

«« Ave liberta »»

 
Não tenho nada que valha a pena
Porque me indagam estes receios vadios
Vem à tardinha ás vezes de manhãzinha
Tão ocos e tão certeiros mesmo vazios

Quero tanta vez despir-me, banhar-me nos rios
Soltar amarras e partir sem norte ou sina
Seguir o vento enlear-me numa estrela, são fios
De cabelos brancos, vagabundos em travessia

Que venham os ventos, a morte que venha
Que traga a neve e com ela o gélido
Despertar para a sobrevivência inglória

Que tranquem as torres, se apartam vilões
Que o olhar cegue sem tempo nem hora tardia
Quero lá saber sou ave liberta alheia a grilhões

Antónia Ruivo http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Carlos_Val
Publicado: 20/06/2011 11:04  Atualizado: 20/06/2011 11:04
Da casa!
Usuário desde: 11/03/2011
Localidade: Braga a residir em Gaia
Mensagens: 421
 Re: «« Ave liberta »»
que a liberdade se liberte sempre assim

abraço poético

Val