Poemas : 

Soneto do Corno Interesseiro

 
Uma noite o Scopezzi mui contente
(Depois de borrifar a sacra espada
Que traz de rubra fita pendurada
Com cuspo, e vinho, que vomita quente):

Conversava co'a esposa em voz tremente
Sobre a grande ventura inesperada
De ser a sua Plácida adorada
Por um Marquês tão rico, e tão potente:

A velha lhe replica: Isso é verdade;
Enquanto moça for, nunca o dinheiro
Faltará nesta casa em quantidade.

"Mas tu sempre és o tafulão primeiro:
Pois tendo cabrão sido noutra idade,
És agora o maior alcoviteiro!"


Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage
( 15/09/1765 — 21/12/1805)
Autores Clássicos no Luso-Poemas

 
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Bocage
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Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 17/11/2011 20:15  Atualizado: 17/11/2011 20:15
Usuário desde: 06/08/2009
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 Re: SONETO DO CORNO INTERESSEIRO
Este Bocage é o símbolo da língua maldita do vocabulário português...rs Hipocrisia aqui, só no dia de São Nunca...rs

Dá-lhe Bocage!