Poemas, frases e mensagens sobre sombrio

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre sombrio

poema só para mim

 
verdes como hera
que subindo vai
esperam, desesperam
e um dia a vida neles cai
meus olhos onde estão,
que olham e não veem nada
em estéril contemplação?
são eles e eu cansada!

verdes, não veem o verde dos campos
a vida sempre a mesma!
o futuro é não... ou nem sabido,
pálido e sombrio
paisagem onde não há rio.

entra por mim adentro um calafrio
vejo minha estrada desdobrada
a chegar ao fim,
já tudo me esquece
até de mim!
nos olhos tristes dissipa-se
a aurora
passa por eles o tédio
hora a hora.

hoje não sei se sou
ou não sou!
não sei se existi,
meu olhar turvou
nem me sei aqui!
águas passadas que inda fazem dano
sorrindo interiormente
apercebo-me, como a vida
foi um engano,
fustigou-me o tempo
os olhos que se abriram ao nascer
flores imprevisíveis
nascidas de verde
um dia irão morrer,
quando a solidão e a carência
fôr rumor de mágoa e do amor
a sede...

já não invento sonhos
dou-me à sorte
neste final, sulcado pela morte.

natalia nuno
rosafogo
 
poema só para mim

Melancolia

 
Como definir essa onda de vaga tormenta,
Espiral de languidez e morte
Aspirando atos finais de trágicos emblemas
Nos mausoléus de ermos pensamentos ?

O amor a esse sofrimento evoca
Abortos mal sucedidos de tragédias recentes
Em cicatrizes extensas acima do céu
Percorrendo solitários devaneios.

Selado no túmulo abraçado ao olhar
De incoercível revolta contemplo
O nascimento de chagas nas mãos
Comprimindo inuteis laços corrediços
Que sangram farpas de partidos ossos.
 
Melancolia

Vestida de Sol

 
Numa busca desesperançosa
Pelo mais sombrio pântano
Foi com surpresa e espanto
Que eu percebi a aurora

Entre as copas da vegetação
Entre as mais vis feras
Você me lembrou como era
Valiosa a iluminação

Na escuridão do lamaçal, um farol
Guiava-me como uma estrela
Atraindo e salvando pela beleza
Encontrei você vestida de Sol

Poema em homenagem a uma amiga inteligente e espirituosa que conheci.
 
Vestida de Sol

Desejada paz

 
A melancolia que a alma oprime
Deixa um vazio enorme e doloroso
Onde a própria existência é um crime
E o corpo, um recipiente tenebroso.

É encontrar os segredos mais obscuros
Nas trevas da solidão mortal,
Injetados pelos medos puros
Que curam as feridas com sal.

Na escuridão a dor ingrata fustiga
Esperando, o que o futuro traz,
Tendo a morte como única amiga
Que promete a desejada eterna paz…

José Coimbra
 
Desejada paz

Maldita saudade

 
Ainda sinto a sua presença
Na indiferente madrugada,
Uma luz de esperança
Na solidão da almofada…

Ainda sinto o seu calor
Do seu irresistível abraço,
Mas só restou a maldita dor
Na penumbra do cansaço.

Ainda oiço a sua voz
Tão doce e serena,
Mas a saudade é atroz
E à agustia me condena…

Ainda chamo o seu nome
Entre a escuridão da cama
Pois a agonia me consome
Como uma inapagável chama.

Um amanhã não sei se haverá
Mas esta noite a irei visitar,
Não sei o que acontecerá
Mas com ela quero ficar…

Como é a vida sem ela
Mas com um gesto trémulo
Coloco a rosa negra, a mais bela
Sobre o seu túmulo…

José Coimbra
 
Maldita saudade

Honestidade

 
Tudo que se pode chamar de ternura, ficou no passado
Sob um céu de vinho tinto cor de veludo na noite turva
Ah, é tudo tão longe! É uma estrada só de acumular pó
Sobre minha história de ave de arribação mal explicada
Pela insônia tresnoitada dos pedaços de vida não vivida

A aurora rescende a rostos cheirando água de colônia
Lembrança de tantas ausências, de minutos esquecidos
A taça com um resto de vinho permanece no aparador
Simbolizando tudo aquilo que poderia ser e se esqueceu
Ou que a dor antiga confundiu fazendo não mais desejar

Onde foram os sonhos em que deitamos nossa esperança
Quais desvios que aceitamos no caminho sem o perceber
Sob quantas camadas secretas que se oculta a felicidade
Haverá alguma promessa que um dia se fará para cumprir
Um dia deixaremos de dizer coisas que podem machucar?

Saiba que depositei minha franca confiança no que dizias
Foram só mentiras que usaste apenas para me afastar
Porém nós sabemos que mentir trará um preço a ser pago
E eu devo te contar que esse preço é sempre alto demais
Queria te fazer feliz e fostes escravizada pela solidão

Sou poeta e todo poeta pode ter algo de triste, mas nunca infeliz
Morre-se à noite, se renasce na intransferível dimensão da manhã
 
Honestidade

Monica

 
Tantalizado martírio, rastejante absorvo cinzas do turíbulo onde são desfeitos restos de ascendência degenerada,
Ínnfimas lembranças vagas da Pátria Lusa,onde tu habitas,
No longo hausto de flébil paixão,cultuada tão distante,
Lágrimas de incontida torva,febril amor.

Gostaria de transpor esses limite de mar profano,
Embora apenas em contemplar-te dedicando minha alma,considere empíreo sortilégio,
Absorvendo a odílica influência da lua em sensibilidade acurada,
Feito talentos funestos e sensuais que detens com maestria.

Minha fronte ebúrnea desmanchada no espelho Cercado pela luzes acesas nas ruínas
Acalentam as sombras que movem-se na solidão,messe de infortúnios e traumas recorrentes,
Estes que apagam-se quando o desejo consome últimas forças e tombado tal Anelliese possuída Busco refúgio no chão onde atiro sangue em profundas pancadas,
Desejando apenas estar ao seu lado antes de finalmente cessar a pulsação desta latejante dor percorrendo braços cansados,
Em veias e artérias desfiguradas na magreza cruamente exposta em penumbra de mortalha erguida.

Diafaneidade fantasmagórica caminha trôpega,
Até o quarto onde o retrato santificado traz alento e deslumbre,
Repousando em tua beleza ímpar,na intemerata singularidade etérea,
Afrodite de cinzentos nuances abençoa-me com atenção de modesta sinceridade quando curvo-me reverente,
diante do amor que floresce,graças a ti rosa sombria de doces palavras,
Posso fugir do abismo colossal,patológico,diagnosticado em voz impessoal,
De surras,anseios decompostos e humilhações
esvaindo-se feito pó de túmulos violados
Quando o Paraíso feito delicado anjo sombrio,Musa gótica de negro vestido,escreve,admirando-me.

Sonho com beijos que jamais terei em tons delineados com volúpia soturna,
Inerente a toda aquela que porta qualidades únicas
concedendo motivos de veneração,
Em edênicos momentos que valeriam por cada minuto,
transcedendo a eternidade e qualquer outra dádiva,nada pode mesmo comparar-se,
Penso que teus braços aconchegantes e carinho tornariam suaves os prantos de minhas tantas chagas,em miríades de romances transmutados na colossal dedicação e afeto,
no mais idealizado e real,intenso sentimento,amo-te!

Quando a última chama sumir nas trevas de depressão e agonia,
Lembre-se de mim como aquele que sacrificaria infinita existência
para estar próximo, ainda que por parcos momentos
sorvendo graças e felicidade irreprimível em teus lábios,
Glorioso feito ascensão de Satan reconquistador abatendo arcanjos covardes,
E declarando esta paixão a maior das virtudes.
 
Monica

Chama medieval

 
Chegada ao teu rosto,
Esta era uma chama sem história,
Quase perfumada,
Que não gerava expetativas,...

Esperava-se por um fogo que ajudasse a embalar livros antigos,
E precisasse de alguma água para que as pessoas pudessem evoluir,
Deixassem de considerar imoral as faces imprecisas de um amor que se exprime por si próprio,
Sem lufa-lufas impessoais,
Apenas com roupas de rubras gargalhadas que deixassem ao expoente inalcancavel,
Tudo o que há por explicar em textos monolíticos como este,
Sem fendas,...

Percebendo que seria um rosto adormecido,
Aligeirado de forma quase socrática no escuro,
Acomodo-me num mundo acamado apenas pelo atraso nas experiências,
Aclamado à minha maneira silenciosa
 
Chama medieval

Teu trono

 
“Ela esconde a sua verdadeira forma
No espelho que tudo transforma,
Iluminado pelas tremidas velas,
Esperando pelo sinal das estrelas…”

As estrelas dançam no céu
E deixas cair o teu negro véu
Para lua iluminar a tua branca pele.
Os segredos serão drenados
E serão ridicularizados e revelados
Pelo teu sorriso sensual e cruel.

As candeias iluminam o negro jardim
E o grandioso trono de marfim
Nesta noite que o sol não renascerá.
A esperança torna-se em lamento
Que é levado pelo frio vento
Nesta noite em que a lua reinará.

O instinto é ignorado e selado,
E, a inocência torna-se em pecado
Nesse trono em que és a rainha.
O sorriso transforma-se em oração
E a oração em tentação
Nesta noite em que serás minha…

José Coimbra
 
Teu trono

Wonder

 
o meu destino choveu
sobre ti,
a razão,
as coisas explicadas,
tudo enclausurado em pequenas
caixas sem cor,...

não há crenças mais fortes
que as que nos fazem dormir,
sem vontade de acordar,
se to dissesse,
renovarias uma defesa
incondicional,
incrustada na solidão,...

e parava o filme de
monólogo,
que não cessava
de passar em mim
 
Wonder

Último acto

 
Não há cura para a dor
Só nos resta a esperança
De renascer, outra vez, amor
Em busca da mudança.

O orgulho não vale nada
Neste mundo tão ingrato
E nossa fé foi abandonada
Para um último acto.

O sangue que nos deu vida
É o nosso passaporte
Por isso, minha querida
Te encontrarei depois da morte…

José Coimbra
 
Último acto

Abreviatura

 
Tão depressa da minha boca não sairão dores,
A coragem da única vez em que,
Contigo,
Percebi que a luz é um desenho de morte na praia,
Desapareceu,...

Por isso permanecerei mudo à espera que em todas as casas,
Nas únicas casas onde ainda restar o conformismo,
Subsistam para sempre pequenos vestígios do ouro que lá deixaste,
Quando te bastava a anuência de respeito,
Que para ti era o único beijo que te sabia dar
 
Abreviatura

Parafilia

 
 
à soma de frases,
uso o teu sorriso
como tinta nas paredes
do atraso do tempo,
aconselha-me,
faz-me a novidade
de saber a calma que emitimos ao anoitecer,....

não me demito
desta obra,
se como entendo
o mundo,
esta será uma
recordação
daquela casa de que fugimos,....

mão sobre mão,
o caminho foi nosso,
como se o mundo
não nos dedicasse o
mesmo enlevo que
faz aos desprezados,
e guardasse só uma
pequena porção de gelo
para que a morte
fosse só um capítulo,
deste caminho para a perdição,
simbolizado,
inútil,
mas que percorremos juntos,...

até lá,
a fronte deste
empreendimento permanece
por consolidar,
não sei se o faremos
juntos
 
Parafilia

O rio continua

 
O rio continua a sua jornada
Entre as montanhas do esquecimento,
No silêncio frio da alvorada
E no nevoeiro do discernimento.

O pacto mortal foi assinado
Entre os nossos corações decadentes,
Mas princesa continuas ao meu lado
Contra os obstáculos imponentes

A vida nunca foi fácil para nós os dois
Mas nosso amor sempre foi forte
E sem nunca sabermos o que viria depois
Lutamos incansavelmente contra a má sorte.

Passo os dedos pelos teus cabelos compridos
E damos um demorado beijo de despedida
Pois nossos sonhos foram destruídos
E os anjos nunca choram, não é querida?

Apesar, da vida ter sido injusta e efémera,
Guardaremos as nossas emoções
Pois a morte está à nossa espera
Para libertar os nossos corações…

José Coimbra
 
O rio continua

A Fórmula do Mundo

 
 
Com luvas na mão se escreve a fórmula do mundo.
Bata branca, assepsia, num laboratório de números e frascos,
Números vazios e frascos; números vazios e frascos vazios.

Com luvas na mão se escreve que a vida cabe numa equação.
Fazer reagir o A com o B, meter muito A para que se não limite o B,
Para que surja muito C nos frascos, frascos vazios,
Frascos vazios numerados; frascos vazios e números vazios.

Com luvas na mão se condensa a química do Universo numa linha.
Hidrogénio, hélio, reagente, inerte, quente, frio, humano, esquisito.
Óculos de protecção contra a radiação dos frascos,
Frascos vazios com números; números vazios em frascos vazios.

Nós somos o vazio nos frascos, o vazio em frascos vazios
E o vazio é sempre igual.

Nós somos o vazio.
Somos o vazio.
O vazio.
Vazio.
.

Sem dúvida, este texto ganha toda a sua vida (para mim), no vídeo dedicado a ele, aí no topo.
http://www.youtube.com/watch?v=OwhJSp3AaH0
 
A Fórmula do Mundo

Obrigados juntos a ver

 
 
o que te obriguei a ver,
o que juntos vimos,
doíam os olhos,
sangrava a vista,
porque de ver nada tirámos,
só sentimos,...

sei que o que vimos,
anotámos na areia,
e depois a chuva veio,
e tudo se desfez,
desaguando no nada,...

doem ainda os olhos,
de termos visto o que vimos,
recordas-te do que vimos?,
eu acho que já não,...

não importa,
ainda cá estamos,
para que se calhar,
já nada mais haja para ver
 
Obrigados juntos a ver

O espelho do morto

 
Ergue o cadáver de teu pai e prossegue,
Esgueirando-se nos corredores da demarcada derrota
O choro lânguido de teus irmãos não trará conforto tampouco,
A esperança será presença constante nos fatídicos dias vindouros.

Não trago o alento da sobrevida contínua e crua
Ou mesmo a mentira do consolo de mitos inglórios e orgulhosos,
De guerreiros arianos repousando em braços de Valquírias com favos cabelos pendendo nos ombros em longas tranças,
Ou mesmo o inferno que julga conhecer aquele que explorou a cidadela vazia dos condenados.

Sou a tristeza, o pranto,o lamento mórbido,
A coragem desnecessária que aperta o gatilho do suicida com olheiras profundas e magoadas,covarde?
Desfaço pensamentos honestos e beijos cálidos Abandonados no corpo flácido sangrando inerte
A alma sentida no arrepio e vozes do perseguido alucinado

Fez de mim Rainha e o calabouço morada perpétua,aperta de encontro ao peito o fardo,ostentas a chaga inflamada sem receio,
Teu destino assombrado,herança penosa.

Depressão é o nome do fim do vale onde a escuridão passeia desnuda,amante impura e única noiva,
Seu longo manto arrasta-se deixando um rastro de flébil dor perpetuamente reacendido em chamas altas,traçado conhecido nos velórios e cantados desalentos do asceta desvairado,
Fadário pesado de sintomas delineados na lousa cinzenta,
Nos tons amargos de não reconhecimento,da paixão esgotada, do aborto espontâneo,do trauma jamais resolvido,da solidão, solidão...

Exibindo orgulhoso estigmas de Satan,
Lágrimas percorrem pensamentos, lembranças ocultam-se nos lençois formando nítidos caixões abertos enfileirados,memórias indesejáveis

O estremecimento que não cessa,
Sou irmã siamesa ,expulsa-me com teu fim interligado,tumor multiplicado em feroz estágio avançado,
O espelho é quem diz tudo isto,nos olhos cansados o reflexo de quem vislumbra a tragédia sem máscara nas horas que passam lentas feito Anseios de rostos deformados

É meu cadáver na face polida,profetizando Opróbrio em cristal amaldiçoado,recostando-se na Parede aguardando os últimos momentos,recolhendo-Se na letargia de vaga imagem enlutada,tecendo planos autodestrutivos com últimas forças no lençol sedutoramente enrolado no pescoço frágil.
 
O espelho do morto

Manhã de agosto

 
Miríades de vórtices vertiginosos despertam-me,
Feito estrelas tombadas pela tempestada na praia
Com gosto de sangue tranbordante na boca
Meus olhos acostumam-se com o sol filtrado pela janela.

Pontos luminosos tateam na penumbra vaga e cinza da manhã de agosto,
A esperança de ontem sumiu feito qualquer dia abortado,vejo-me no espelho gradativamente sumindo,translúcido,
A manhã de funeral saúda seu Rei apodrecido.

Paredes parecem mover-se para esmagar,
Feito calabouço o teto alto desaba,
Despejo vômito sulfuroso pela garganta atravessada,
Feito grito apelativo de socorro abafado em soluço convulsivo,
Levanto corajoso fraquejando caio,
Machucado e confuso partido feito osso de vidro,
Não desejo mesmo agora voltar.

Longas escadas levam ao mausoléu,
Plantas parasitas enroscam-se nas lápides em anjos espirais,
É cedo,nenhuma voz é escutada, nenhum passo,
Embora sua presença seja sentida como opressão maligna.

Manhã de agosto, manhã de funeral,
Meu cadáver desgostoso medita em Umbral sereno,
E até que a noite proteja-me ocultando certos pensamentos,
A dor se fará constante tolhendo minha alma.
 
Manhã de agosto

Malditas Lentes

 
As lentes!As malditas lentes
As lentes,por elas
Não vejo as nervuras dos olhos
Os lapidados sulcos puxados
De seus olhos.

As lentes!As malditas lentes!
As lentes, que me impedem de viver
A experiência completa
De teu penetrante e forte
Olhar.

As lentes!As malditas FUCKING lentes!
Que não deixa que meu olho
Chegue nu, em seu olhar
Seu Doce, meigo e voluptuoso
Olhar

As Armações! As malditas armações
Armações que cercam as lentes
E me impede de furar com os cacos
Seus olhos, seus lindos e inquietos
Olhos.

2017
Poema que fiz para conquistar a garota que eu gostei(até que deu certo).
 
Malditas Lentes

Penetração

 
Segue na colina o pássaro púrpura,
Cospe seu atro lamento,
Sangue banha os lábios da criança
Trago nos braços o silêncio.

Da crepuscular síncope divina.
Em aflição contorce o medo
O significado reacende o ciscunspecto passo
Cada vez mais fundo mergulha cego.

A sua cabeça vaga na humidade serena.
Milenar tarde negra,incoercível desejo,
Esvoaça a irmã imensa da melancolia
Acaricia o rigido membro.

Uma nova ordem passa pelos arcos sinistros
Uma lágrima fecha-se sobre os corpos.
Antecede o vazio do amor que pensei ter encontrado
Posterior a morte de todos os sonhos.
 
Penetração