Poemas : 

Era eu uma criança

 
Era eu uma criança
 
Afinal
Já posso pedir
sossego à repartição dos
ausentados

Soube por um telegrama
daqui perto
que voltara ao bom
hábito de samaritano


Afinal
Já me posso calar
Ainda bem que afinal
já me posso calar
neste quarto

Soube que já há
quem lhe ofereça flores
e mude diariamente
a água ao jarro.


Afinal
Já de pouco me lembro
e o uso (não a idade)
em pouco ajuda
Mas que importa isso
Afinal, menina

Soube por último
que voltaria anos passados
e de uma assentada
disse tudo que havia a contar.

 
Autor
MEduarda
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