Poemas : 

,e agora que ambos estamos na mesma página

 
.
.
.
.
.
.
*
,e agora que ambos estamos na mesma página
pergunto-te, sem querer saber,
porque descansaste por aqui?



Jamais saberemos destas convulsões que nos apoquentam,
da estrada que começa sem curvas visíveis,
do amar que escurece o dia, ou da visão
que se quer horizonte,

jamais entenderemos a vida que se nos escapa,
por essas escarpas penosas, agrestes,
ou pelos vales que o vento despenteia.

jamais.

o descanso quer-se quase repouso,
que seja o dos heróis,
dar-te-ia de beber, mas... compreendes ser difícil,
ofereço-te um pouco desta folha alva, sem brilho ou reflexo,
e que, por este instante agora e só, te possas repousar.




















e já ali as orquídeas brancas timidamente nascem calando o salso mar encrespado.


"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"

("Afrodite? Não" Jorge de Sena)










Textos de Francisco Duarte
 
Autor
F.Duarte
Autor
 
Texto
Data
Leituras
961
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.