Crónicas : 

Assassinato da Língua Portuguesa

 
Assassinato da Língua Portuguesa


Todos sabemos que hoje em dia a educação vem claudicando nos estabelecimentos de ensino, muitos só pensam no quantitativo, não vislumbram a escola como um ambiente de aprendizagem, alguns comparam até esse fortuito meio de crescimento com castigo.
Os “estudiosos” no assunto inventam uma gama de métodos inovadores para vender livros, sabendo-se que não existe aprendizado sem uma pessoa disposta a aprender.
Não existe um ser humano disposto a aprender vivendo em um meio adverso, cheio de dificuldades psicológicas ou financeiras, muito menos onde a permissividade impera.
A falta de educação é tão grande que já estamos transpassando o aprendizado para a esfera alimentar, onde o limite inexiste.
A criança sem limites não vai se interessar por nada que imagine ser monótono, quando chega à esfera escolar, o professor tem dificuldade de ensinar, pois quando não existe ordem numa sala, não vai existir aprendizado.
Antigamente existiam professoras primárias leigas, que conseguiam mais sucesso do que os professores de hoje, com mestrado e até doutorado.
Essa semana fomos resolver alguns projetos numa gráfica, na nossa frente havia um homem que passou quarenta minutos para corrigir um texto a ser impresso, nessa agonia da espera apareceu uma mulher com um ”banner” na mão, onde existia uma homenagem ao seu genitor, referente ao dia dos pais. Ela chegou argumentando que o digitador escreveu seu “banner” errado, confessou que era “fraca” em português e quando os parentes foram ler a homenagem, passou a maior vergonha, tudo escrito errado e faltando até palavras.
Só em quinze minutos constatamos uma pessoa na frente “roendo” a nossa língua, vimos seu texto cheio de erros, mas deixamos assim para ver se toma vergonha e vai estudar um pouco; a outra assassinou a língua de todas a formas, ainda saiu carregando a sombrinha, com medo de escorregar na nossa língua pátria mais uma vez.
Assim caminha a nossa sociedade, maltratando nosso idioma, depois é só culpar o professor, que “está tudo bem”.

Marcelo de Oliveira Souza


Marcelo de Oliveira Souza,IwA
Dr. Honoris Causa em Literatura
site: www.poesiassemfronteiras.no.comunidades.net - Concurso Literário
blog: http://marceloescritor2.blogspot.com
Instagram: @marceloescritor

Assassinato da Língua Portuguesa


Todos sabemos que hoje em dia a educação vem claudicando nos estabelecimentos de ensino, muitos só pensam no quantitativo, não vislumbram a escola como um ambiente de aprendizagem, alguns comparam até esse fortuito meio de crescimento com castigo.
Os “estudiosos” no assunto inventam uma gama de métodos inovadores para vender livros, sabendo-se que não existe aprendizado sem uma pessoa disposta a aprender.
Não existe um ser humano disposto a aprender vivendo em um meio adverso, cheio de dificuldades psicológicas ou financeiras, muito menos onde a permissividade impera.
A falta de educação é tão grande que já estamos transpassando o aprendizado para a esfera alimentar, onde o limite inexiste.
A criança sem limites não vai se interessar por nada que imagine ser monótono, quando chega à esfera escolar, o professor tem dificuldade de ensinar, pois quando não existe ordem numa sala, não vai existir aprendizado.
Antigamente existiam professoras primárias leigas, que conseguiam mais sucesso do que os professores de hoje, com mestrado e até doutorado.
Essa semana fomos resolver alguns projetos numa gráfica, na nossa frente havia um homem que passou quarenta minutos para corrigir um texto a ser impresso, nessa agonia da espera apareceu uma mulher com um ”banner” na mão, onde existia uma homenagem ao seu genitor, referente ao dia dos pais. Ela chegou argumentando que o digitador escreveu seu “banner” errado, confessou que era “fraca” em português e quando os parentes foram ler a homenagem, passou a maior vergonha, tudo escrito errado e faltando até palavras.
Só em quinze minutos constatamos uma pessoa na frente “roendo” a nossa língua, vimos seu texto cheio de erros, mas deixamos assim para ver se toma vergonha e vai estudar um pouco; a outra assassinou a língua de todas a formas, ainda saiu carregando a sombrinha, com medo de escorregar na nossa língua pátria mais uma vez.
Assim caminha a nossa sociedade, maltratando nosso idioma, depois é só culpar o professor, que “está tudo bem”.

Marcelo de Oliveira Souza
 
Autor
marcelooso
 
Texto
Data
Leituras
1334
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/08/2013 21:12  Atualizado: 17/08/2013 21:19
 Re: Assassinato da Língua Portuguesa
"...na nossa frente havia um homem que passou quarenta minutos para corrigir um texto a ser impresso, nessa agonia da espera apareceu uma mulher com um ”banner” na mão, onde existia uma homenagem ao seu genitor, referente ao dia dos pais. Ela chegou argumentando que o digitador escrevera seu “banner” errado, confessou que era “fraca” em Português e quando os parentes foram ler a homenagem, passou a maior vergonha, tudo escrito errado e faltando até palavras..."

pincei parte do seu texto para reforçar meu comentário, que diz; 'vemos há todo instante o que acabas de relatar aqui, não é fato isolado, tampouco incomum. É o resultado da política de ensino equivocada, sem material didático adequados desde a alfabetização incompleta, passando por um fraco ensino fundamental, consequentemente, o médio sem base de se enfrentar um pré e vestibular com conteúdo. e mais; há décadas que igualmente professores também são despreparados. tudo isso traz a tona aos dias de hoje esses resultados ruins que ora reparamos.

não se vai muito longe; aqui mesmo, as se deambular entre os textos, considerando de serem postados um site de poesia, contos, pensamentos e outros exercícios com base na Língua Portuguesa, fácil constatar, muito se esbarra com erros crassos...

gostei. tema sempre oportuno. apenas um senão;

"vimos seu texto cheio de erros, mas deixamos assim para ver se toma vergonha e vai estudar um pouco;"

acho que temos o dever de alertar, ensinar, corrigir; 'sempre'

obrigado. um abraço caRIOca