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Da poesia e da crítica

 
Pessoa dizia da poesia como sendo o autêntico real absoluto, cerne da sua filosofia.
A poesia complementa-se nos seus mais variados estilos como impressão digital complexa e inerente aos primórdios da palavra dita. Aperfeiçoa-se como género intrínseco à realidade humana nos primeiros rabiscos que alguém achou por bem ao traduzir a fala e difundi-la como arte no género escrito e pensado.
Não se compara uma à outra nos seus mais variados estilos divergências e convergências, não é um desporto em que alguém tem forçosamente que ganhar e outro que perder. Na poesia em particular e na escrita em geral ganhamos todos, os que lemos e os que escrevemos, os que gostamos e os que não gostamos porque a poesia não é aculta nem se coaduna com a censura. Por cada palavra escrita o cerne da liberdade é cantado e levado ao seu estado maior no seu simbolismo universal e na plenitude do pensar o que nos rodeia.
Porque não há um pensamento livre isento de poesia, não há poesia real e factual sem um pensamento livre que a absorva e que a pense na sua bondade e na sua mensagem.
Quanto mais poético mais verdadeiro, concluiu Pessoa.

 
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jaber
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/05/2014 13:04  Atualizado: 21/05/2014 13:05
 Re: Da poesia e da crítica
Eu penso que uma boa parte dos conceitos do Pessoa, poeta maior, estão mais que ultrapassados. no entanto penso que ele também não concordaria com o que está aqui escrito (ver um pequeno exemplo em anexo). o autêntico, genuíno, que consegue fazer a ponte entre a emoção e o pensamento, arrisca a escrever poesia intemporal. só que o autêntico não é absoluto. nada é absoluto. mas gostei de passar cá e pensar um pouco, sem que a minha opinião seja absoluta.



E-xis-tir...
E--xis--tir ...



um abraço