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Encontros e Desencontros

 
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Encontros e Desencontros

Deitado, terrivelmente quieto,
olhando o meu sombrio teto.
Noite chuvosa, febril, quente,
eu, em delírios ardentes.

Na plenitude da tua ausência,
na aparente paz externa,
dor visceral, suprema solidão,
inunda o meu pobre coração.

Fecho meus olhos lentamente,
meu espírito levado pelo vento.
Rompe as trevas do desalento,
sem pensar um só momento.

Pouso minha cabeça em teus seios,
minhas narinas invadidas por teus cheiros.
Tão doces, meus devaneios,
tão tênue a ligação.

Melancolia deste encontro,
almas gêmeas e desencontros,
corpos distantes e ausentes,
espíritos amando-se eternamente.

Alexandre

 
Autor
montalvan
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