Poemas : 

Palavras que caem da mão

 
As palavras escritas
fazem-me radiante
não por serem palavras escritas
mas sim, por alguém as poder ler,
sentir,
com elas descontrair
ou
ter (so)mente as emoções
que as palavras
contém
numa imensidão de emoções…

As palavras não fazem
ninguém grande, nem pequeno
as palavras nada fazem
para que se seja alguém….

Não há palavras
para desvendar o mistério
de quem as vive por inteiro,
audaz…
sem ambição,
plena por as sentir
a caírem das mão!


Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
Autor
AnaCoelho
Autor
 
Texto
Data
Leituras
696
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
12 pontos
2
1
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/11/2014 22:28  Atualizado: 17/11/2014 22:28
 Re: Palavras que caem da mão
Uaaaaaaaau! Amei querida!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/01/2015 10:06  Atualizado: 10/01/2015 15:29
 Re: Palavras que caem da mão
É fácil apagar as rasas pegadas;
difícil, porém, é caminhar
sem pisar no chão a sombra
nossa, cúmplice do corpo

Não a podemos deitar fora
nem deixar no chão onde mora
e onde a pisamos, está
acostumada a ser humilde humilhada

No equilíbrio quasi'perfeito
entre o vazio da alma
minha e o chão despojo, aconchego
do nada que passo sem rasto

É fácil apagar as pegadas
mas ninguém dispõe flores
onde não há vasos só
terra estéril solo e pedaços

Que juntados não fazem um paredão
mas cabem justo numa pegada inteira
sob os meus velhos sapatos
com buracos tão junto ao chão

e aos ratos da sola na biqueira
é fácil apagar meu rasto
cúmplice do que nada sou
mais fácil é apagar o que nada faço

Pra mudar este reles mundo meu
de vaso ou calçado
ou de uma simples menção na lápide
do cemitério público junto aos legumes

sem vagas nas altas campas ,apenas nas rasas
ignobeis estúpidas esburacadas no chão
onde morro sempre à hora da "siesta"
dentro do roto sapato que me não

dão e nem é meu, o outro
é do ladrão que o roubou do publico
careca e apagado...