Tenho “ouvisto” aquela mulher da rádio Que veste a melodia fina e tão perfumada Das palavras sino …das palavras gancho…das palavras pombo…
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Há aquele menino, reinante, a “ouvistar ” os ruídos coloridos dos turistas de pele tão lavada, que as suas barreiras dérmicas parece mais com a placenta dos golfinhos…
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Está na hora de “ouvistar ” a saudade incómoda da brisa, admitida pelo mar bravo …quem me disse foi um pássaro de cor mármore que anda a “ouvistar ” as fronteiras mediterrâneas dos dois lados das praias e dos lagos ….
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Um olho no ouvido, outro no mundo ,porque dois sentidos juntos, alcançam mais ondas, “ouvistadas ”…
Um momento afluente Dum rio sempre a ir Esquecer-se de ser, Espaço misterioso Entre espaços desertos Cujo sentido é nulo E sem ser nada a nada. E assim a hora passa Metafisicamente.