Sonetos : 

Da repulsa aos toscos daguerreótipos expungidos

 







De toscos incultos, mais uma vez nas abas d’ aldeia, eis-me aqui,
de apascentar -já há muito declinei - almas de rudes pastores;
dos vales, da Terra Querida saudoso, só Venturas encontrei ali,
nas tíbias tardes observando o farfalhar da aragem nas flores.

Nestas Plagas cá, talvez, flutuando a Paz encontre no resguardo,
pois que, cogito, às vezes, se plausível Juventude tão inolvidável.
Desvalido mordaz imperativo de aturar impropérios do Javardo,
perseguir obsto passadas Tristezas; recuso ato tão Abominável.

Passando foi o Tempo, hipnóticos vislumbres, a trazer sensações;
de conforto extremo fazendo vivificantes os sentires preciosos,
refutando, eis que frágil e por hora, tão somente perturbações.

Ao Chamado irei, debalde alfétenas, a ele não renunciarei jamais,
mormente anuiria cordato, balindo aos acendimentos sediciosos,
se mirasse tão só daguerreótipos expungidos dos mesmos locais.





 
Autor
smerdilov
Autor
 
Texto
Data
Leituras
856
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
5 pontos
3
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/09/2015 17:31  Atualizado: 28/09/2015 17:31
 Re: Da repulsa aos toscos daguerreótipos expungidos
nunca é em vão que leio-te. parabéns

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/05/2017 02:27  Atualizado: 30/05/2017 02:27
 Re: Da repulsa aos toscos daguerreótipos expungidos /Huntr
é isso aqui genialidade? Um monte de porra nenhuma carecendo de algum opiáceo na veia pra tentar extrair algum sentido?

Posso catar um monte de palavras em desuso de um dicionário, juntar tudo numa salada sem nexo, sem métrica alguma e chamar de soneto genial, que tal?

sabe-se lá como uma coisa dessas vem à tona, quais medicamentos dopam a mente até sair assim.

faço mal à memória do morto? Já não se importa mais... ademais, quem mais sabe?

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/05/2017 02:43  Atualizado: 30/05/2017 02:43
 /Smerdilov
Sempre irei te admirar, querido amigo Luiz A. Moraes.
O talento, a ternura, a sua terna amizade.

Os outros...
São passos, passinhos...
Pelas letras passarão.