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Sussurrando ao Vento

 
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Sussurrando ao Vento

Lá na alta montanha,
vislumbro a paisagem
exuberante, sem deleite.
Para lá doutros montes
a minha amada desliza,
vogando, no lago azul.

Invectivo o vento que passa
e lhe rogo que se faça brisa
ondulando fresca na distância.
E que, nessa brisa, carregue
todos os murmúrios de meu ser
e os deposite em seu seio.

Que, gentil, um toque sensual
seja meus lábios que beijam
os seus e a sua face de lírio.
Que, esse toque se prolongue
e seja minhas mãos febris
tocando os seus cabelos soltos.

Depois, vento, retorna célere,
terás as merecidas alvíssaras,
e libertar teus rugidos de furor.
Na noite, parindo mil pesadelos,
poderás dançar com as tormentas
que, em mim, são perpétua solidão.


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 02Nov2015
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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