Sonetos : 

Soneto da vocação – “Confitentur fidei”

 
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Exerce tua vocação; a tens n’algum local, mesmo inaudito;
mas, não a deixes conhecer no cerne tu' alma que pragueja.
Conquanto pendor primaz seja atuares mambembe contrito,
não logra’ alma só torná-lo apto por ensaios [, porém traqueja].

Se dentre outros, se recusaste libar dum adejo irrestrito,
ainda que não havido no espúrio versar que o sol apedreja,
nada crês a somar! Sem que o rol do espírito cioso permita
abater a cupidez irás ter nas cúspides da intriga malfazeja.

Do jazer com [raras] mentes probas a virtude ao vício levita,
num jaez inconcebível a diligenciar mendaz qual meteorito,
desfrutando o aconchego timorato na meã linha que rasteja.

De inopino, serôdio, sentindo a seiva da palavra que graceja,
então, faz moucas orelhas congruentes aos toques da vareja,
exangue que ’stás, cedes ao ócio ansiando a bagana favorita.

 
Autor
ReflexoContrito
 
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