BURRO PICAÇO 
Comprei um burro picaço 
De três anos mais ou menos 
Na hora de dar o recibo 
O tropeiro foi dizendo: 
 - Cuidado com esse macho 
Que o bicho tem fama de ser perigoso
Por ter matado um peão 
O nome do burro ficou Criminoso. 
Joguei o lombilho no burro 
O macho se estremeceu 
Apertei a barrigueira 
O meu burrão se encolheu 
Sentei em cima do couro 
O povo de perto de medo correu 
Mas qual oh que minha gente 
Pagão que me aguente inda não nasceu. 
Tosei a crina do burro 
Na sistema meia-lua 
Pra cortar uma légua e meia 
Meu criminoso nem soa 
Pra varar uma tranqueira 
Passar uma porteira por cima ele voa
Faz eco por todo lado 
Com passo picado nas pedras da rua. 
Eu já vi burro ligeiro 
Mas igual este inda não 
Enjeitei cinco pacotes 
Do filho do meu patrão 
Gosto muito de dinheiro 
Cinco mil cruzeiros não leva o machão.
E pra falar com franqueza
Não existe riqueza que compre o burrão.
(Composição de ANACLETO ROSAS JUNIOR)
 - Gravação de Palmeira e Luizinho em 09/03/1948 -
Clique para ouvir
https://www.youtube.com/watch?v=C5CwS8exJ9U
 
                
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