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Rosa de pano

 
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Lá está, beleza postiça,
Até provoca cobiça,
Artificial rosa de pano.
Nunca foi pequena,
Sua tez não amorena,
Seu rubor é puro engano.

Mantém o porte da flor,
Tem até a sua cor,
Porém seu perfume jamais.
Nunca se viu botão,
Espera os beijos em vão,
Dos colibris nos quintais.

Mirra-te a pele? Aceita.
Toma a via estreita,
De uma vida menos ditosa.
Exigir forma perfeita?
Se flor de pano enfeita,
Dela nunca brotará outra rosa.

 
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Manito
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Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 01/07/2017 19:30  Atualizado: 01/07/2017 19:30
Usuário desde: 06/11/2007
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 Re: Rosa de pano
De pano, de plástico...
Tudo o que é falsificado não tem cheiro, nem som.
Reflexão poderosa acerca doutras falsidades em que a metáfora não dá para fugir.
Gosto.

Abraço