Sonetos : 

A BARLAVENTO

 



Aqui, nesta pedra, onde me sento,
Com as árvores por detrás de mim,
Vejo as caravelas a barlavento,
Do mar ao largo nas águas sem fim.

Nas suas águas profundas um vento
Acorda-me deste torpor, assim,
Como num sonho pleno de alento,
E vejo as róseas flores e o jasmim,

Florescerem junto à pedra arreada.
Movo-me um pouco, são só montanhas,
Bem ao longe junto à enseada.

Mas tudo isto é idílico e é chamada
Terra dos sonhos, onde caem castanhas
E outra fruta à espera de ser apanhada.


Jorge Humberto
19/01/07

 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
867
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Valdevinoxis
Publicado: 20/01/2007 11:28  Atualizado: 20/01/2007 11:28
Administrador
Usuário desde: 27/10/2006
Localidade: Aguiar, Viana do Alentejo
Mensagens: 2097
 Re: A BARLAVENTO
Continuo a seguir os seus textos de perto com interesse e grande gosto pela forma da sua escrita. Confesso a admiração pela sua escrita, poeta jorgehumberto.

Valdevinoxis

Enviado por Tópico
SOB_VERSIVA
Publicado: 15/02/2008 08:52  Atualizado: 15/02/2008 08:52
Super Participativo
Usuário desde: 01/02/2008
Localidade:
Mensagens: 107
 Re: A BARLAVENTO
Jorge Humberto:
também gostei muito deste soneto, com nuances de tempos idos de um Infante D.Henrique visionário, de um Quinto Império Pessoanamente apregoado...Gostei!
Mas continuo a gostar mais de " Sociedade Omissa", salvo seja!
Este é morno, numa terra cálida, o outro é arrojado, rasgando fronteiras do "status quo"!
Diferentes, ambos inspirados, nos seus conteúdos!
Abraço!
Ana C.