Luso-Poemas
 
Poemas : 

A Pena

 
Clama a pena por justiça
Em brados soltos de sofrimento,
No júbilo do verbo refinado,
Faz da mão submissa,
Mortal poder e instrumento
Da palavra, dor e fado.

Goteja letras em papel,
Breves ensejos do pensamento,
Raivas de amores invejosos,
Versos de açúcar e de fel
Que adubam tal alimento
De poetas antes valorosos.

Chora rios de ternura
Inundados por olhos que lêem
Navegados nesta água suja,
No desdizer de travessura
Dos que falam e não vêem,
Qual trastes à babuja.

Cala o mísero poeta
Guardado no nome de alguém,
No vago tecer da sua teia.
Esconde a voz do profeta,
Daquele que mais nada tem
Senão tal pobre veia.

A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma





Texto dedicado ao Luso Alberto da Fonseca
 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Alberto da fonseca
Publicado: 01/04/2008 15:41  Atualizado: 01/04/2008 15:41
Membro de honra
Usuário desde: 01/12/2007
Localidade: Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
Mensagens: 7056
 Re: A Pena
daquele que mais nada tem, senão tão pobre veia Este poema está excelente.
Agradeço a sua didacatória Alemtagus, mas não sei se a mereço, mas do mais profundo do coração, os meus sinceros agradecimntos.
Abraço amigo
A. da fonseca


Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 01/04/2008 15:47  Atualizado: 01/04/2008 15:47
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8104
 Re: A Pena
Muito bom o teu poema!!! Realmente há "escritores" ou "poetas" para tudo e para todos os gostos! Eu sou apenas escrevinhadora e vou de tentativa em erro, às vezes acertando...mas sempre tentando. Daqui um incentivo a quem começa; se escreves mal, não desistas se tens algo para dizer! Um abraço para ti

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