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Chagas

 
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Chagas

De tão apodrecidas, negras e fétidas
No teu peito explodem estas velhas chagas
Lágrima silenciosa de ti se apiedas
E escorre lenta em tantas faces alvas

Queixas ao franzir a tua testa ardente
Gotas de delírios neste eterno mar
Vestes soberbas em teus celestes panos
E um dor infinita que não quer largar

Se isto é a vida, e viver é esta loucura
Ter nos olhos sonhos isentos de doçura
Com a alma paralela a um holocausto

Refazendo-se sempre em plena agonia
Em espelhos que refletem a tirania
Neste corpo todo apodrecido e exausto.

Alexandre Montalvan

 
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montalvan
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