Sonetos : 

MAR ICÁRIO

 
Tags:  SONETOS 1992  
 
MAR ICÁRIO

Alimentando de sonhos sua mente,
Enchia de visões seu triste lar.
Logo, só ao sol, faz-se-lhe agitar
Asas de cera e penas, displicente.

Voa alto, preocupando-se somente 
Em do sol forte não se aproximar, 
Enquanto atravessava o imenso mar
E avistava terras jônias do oriente.

Contudo, tendo aberto todo o céu,
Suas asas derretem sob o sol 
Até que se precipite n'um tropel.

E o mar que testemunha seu estol
Sepulta seu destino tão cruel
Onde de Ícaro o nome fez-se atol.

Belo Horizonte - 30 07 1992


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
598
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.