Poemas : 

Finjo

 
Finjo que ainda te sentas ao meu lado,
nesse ritual vazio e macabro,
de por o teu prato e o teu garfo,

mas o teu vazio,
e maior que o teu corpo,

teu vazio e um gemido a cada canto,
e um vento frio,
uma brisa de setembro,
que adivinhando o inverno,

ah...quem me dera ter como manta o teu abraço,
não partiste,
ficas-te,
colada as paredes,
nos recantos da casa,
no canto do sofá,
no perfume do lençol,
nos ecos da tua voz,

la fora as pétalas das flores caem,

talvez me tenha esquecido de rega-las!

não importa o vento levá-las-á,

 
Autor
Rafaeldesousa
 
Texto
Data
Leituras
496
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.