Poemas : 

Que pena!

 
No silêncio da noite, reminiscências vêm me invadir
Um pensamento, um segredo, torrentes de lágrimas
Chamo teu nome, mas sei que não poderás me ouvir
Se eu pudesse ser livre, voar como o pássaro antigo
Quebrar os grilhões dessa lembrança dentro de mim
Poderia correr pelos campos, caminhar entre trigais
Sentir a chuva fria bater no meu rosto, lavar a alma
Gritar selvagemente, à tarde rir despudoradamente
Com os braços abertos, cumprimentar o sol poente
Sentado à beira-mar e o livro que escrevi nas mãos
Encontrar comigo mesmo, ser minha melhor versão
Na lembrança de ti, vejo tua boca mover sem som
Então ouço o que desejaria e me chamas também
Mas é só imaginação, é a mentira que queria ouvir
Descubro afinal que compartilhamos muitas coisas
Livros e músicas, partilhamos planos loucos demais
Creio que até sonhos partilhamos. Beijos. Sol e lua
Pena! No fim esquecemos de partilhar nós mesmos



"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
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