Enviado por | Tópico |
---|---|
Rogério Beça | Publicado: 02/05/2023 04:36 Atualizado: 02/05/2023 04:37 |
Usuário desde: 06/11/2007
Localidade:
Mensagens: 1940
|
Re: cores
Tem qualquer coisa de perturbador este poema.
Apela ao intimo, à intimidade ao sentido autocrítico. Fá-lo cheio de estrofes, bem encadeadas, que apelam aos sentidos, donde o título não escapa. Tudo tem cor, haja luz. Há em todo um ele uma paz meio escondida, meio livre, que não dá abertura a outra leitura. Há uma harmonia em forma de elipse que não é impossível de descodificar. Gosto muito do momento de clarificação dos seguintes versos: "...que pareces eu não como eu mas eu..." Uma aparência que vai para além do aparente, do aspecto, tão simples e difícil, ao mesmo tempo. Seguido dum não menos espantoso: "...por dentro e por fora dizes-me e eu oiço-me..." Este segundo verso é a definição mais perfeita do que referi acima. Porque escrever sobre o próprio pensamento, sobre os conflitos interiores, sobre os diálogos que devemos (temos obrigação) de manter connosco nunca deve passar de moda. E sabe sempre bem ler, desta forma "...tão leve, tão natural". Favoritei. Abraço |
|
Enviado por | Tópico |
---|---|
Jmattos | Publicado: 02/05/2023 17:39 Atualizado: 02/05/2023 17:39 |
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
|
Re: cores
Alma
E assim as palavras chegaram, coloridas, sensíveis, com identidade. Descreves uma identificação, o ato de se reconhecer em outro, nas palavras de alguém! Há cumplicidade, entrega e amorosidade nesses versos! A canção é perturbadora, traz um conflito interno inexistente nos versos. Feliz com seu retorno! Parabéns! Beijos! Janna |
|
Enviado por | Tópico |
---|---|
Al-kakanj | Publicado: 15/05/2023 03:57 Atualizado: 15/05/2023 03:57 |
Membro de honra
Usuário desde: 02/06/2020
Localidade:
Mensagens: 96
|
Re: cores
Parabéns querida Alma… por voltares a enraizar, a tua belíssima escrita, em nós!
Obrigado! Devo-te confessar, que admiro profundamente os teus dizeres sem voz… Deixo-te este poema que o teu me fez escrever … Já vi tantas jaulas Feitas de ferro fundido De madeira mais grossa Mas a jaula que serve de vestido Nos teus versos Nunca tinha visto … Sabemos que tem todas as cores do arco-íris E um brilho que faz toda a diferença nas crenças Mas só se acredita que ali vai uma rainha [quando te passeias] Aqueles que sabem dos teus lindos olhos Feitos da grainha da espiga Suaves como a seda dos lençóis do reino Costurados pelas lagrimas velhinhas |
|