são gritos que emergem do meu peito troncos de árvores
a natureza. ela me quis. múmia.
hiberno e sonho nada. sou o cheiro da terra coberta de verde e esqueço-me de existir
subtraio a dor do saber. multiplico o peso - função da massa e gravidade - a força dos ramos que me escondem e sou de natureza animal
predadora sem pressa ou presa apenas vontade
o manto negro deita-se comigo os olhos em brilho vibrante e ofusca-me a mente enegrecida
hipnose de ouro branco coma ascendente onde o tempo se mede em pautas de música teclas de um piano velho soldado aos dedos do pianista em decadência imortal
do violoncelo que toca guitarra quando o som recolhe ao quarto
Devagar, abriu o portão visivelmente debilitada – coxeava e quando o viu, parou
ele descia as escadas incrédulo e aproximou-se dela
ela olhou-o sorrindo enquanto ele a olhava fixamente semblante carregado preocupado?
ela pegou-lhe em ambas as mãos beijou uma delas e fixando-o disse “cheguei” .