As abelhas pegaram o cavalo do Zezé.
O cavalo corria sem parar,
O enxame não o deixava respirar.
O cavalo corria em círculo,
Preso pelas cercas intransponíveis que estavam dentro de si.
A do cercadinho era dois fios de arames velhos,
Só um pouquinho da força do cavalo
Seria suficiente para derrubá-los.
Quanto mais corria, mais visitava a colmeia.
Transportava, cada vez mais, mais abelhas.
Correu, correu, correu...
Tropeçou, caiu e lá ficou.
Não foram as abelhas que venceram o cavalo.
Se fosse um cavalo selvagem
A história seria outra.
Mas o domesticado...
O domesticado é tudo e não é ninguém
Mais que escravo e refém.