Pelas nossas ilusões somos vitimados,
Nós queremos o paraíso inconsequente,
Porém, quando a vida se mostra reticente,
do cavalo caímos, somos derrubados.
E nas teias da FANTASIA a alma se prende,
vive a sonhar, a desejar, como uma praga.
Da realidade se afasta, e ELA nos draga,
à mente infantil que, perdida, nada entende.
Altos castelos de areia, sonhos, espuma,
Habita um brilho falso, astuto, sedutor,
encobre o céu claro, nos envolve na bruma.
Voam, caem das asas de suas loucuras.
Funde amor e ódio, e confia no impostor
Naufragam as fortes e frágeis criaturas.
Souza Cruz