Poemas : 

Poetas

 
Leio poetas que escrevem
poesia com inefável fulgor, inspirando profundamente para ascender ao céu onde
habitam
musas que inspiram desinspirados poetas (e pigarreiam, por fim.)
Leio poetas que
calcorreiam afincadamente o dicionário das palavras raras, e
respiram como quem respira
o ar que se respira nos
róseos salões de poesia de Roma, Roterdão ou alguma uma outra rutilante cidade (e bocejam, por fim)

E depois fecho o livro.
Lavo a louça.
Apanho a roupa do estendal.
Ouço o cão do vizinho a ladrar.
Limpo, por fim, as migalhas da mesa.

 
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Levant
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