Sonetos : 

No Citroën órfão do esquecimento

 
No Citroën órfão do esquecimento,
Indiferente à sua diferença,
Mais etéreo só esse firmamento
Que o guia à minha apagada presença.

Eu e ele retardados à nascença,
Guardado da guerra e do sofrimento,
Por ser obra assombrosa de Florença,
Eu por não ter para o mundo talento.

Passeia-me as mágoas e a desgraça,
Abandona-as pelas curvas que faça,
Eis-me então suspenso e ele em suspensão…

A par do mito está o coração,
Que sempre encontra o seu diapasão,
Na rotação da Terra que se abraça.

20 de Outubro de 2009

 
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ViriatoSamora
 
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