O amor. De novo essa ave de rapina,
Pairando nos céus infernais, altiva,
Fénix perpétua e pouco divina,
Do alto tudo vê e de pouco se priva.
Pica o voo e faz uma alma cativa,
Crava-lhe as garras e está lida a sina;
No ninho há quem do sonho sobreviva,
Não é lei, é a vida que nos ensina.
Num fim de tarde de sol cabisbaixo,
Quando a natureza é dúctil e morna,
E os amantes não sentem qualquer dor…
Vou eu montanha acima, vale abaixo,
Por ali iniciando a minha jorna;
O amor é presa e eu sou o caçador.
20 de Junho de 2011
Viriato Samora