Poemas : 

simulações

 
o sol põe-se como um sinal

o orago traça as linhas do voo do melro

e sugere-me: hoje, não adormeças.
Como assim, adivinho, se já tomei o comprimido.

não te deixes adormecer
Como assim, se me acabaram as palavras
se deixei de lhes escutar o silêncio
não pressinto mais a brisa do mar
nelas, as palavras.

abandonado aos pensamentos disformes, sem nome, sem rumo

só me falta levitar nesta falta de significado.

o meu cérebro é uma sebenta rabiscada,

as palavras falsas torturam-me quando se insinuam como vento e, impaciente, cedo às asas

 
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gillesdeferre
 
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