Chegança: canto que vem do mar - Por Chris Katz Fonte - Donzela do Gelo
Chegam os bravos em cortejo marinho,
Na proa do tempo, cantando ao destino.
Vestem-se em pano de azul-mar profundo,
Trazem tambores que embalam o mundo.
Pisa o chão firme quem veio das águas,
Com voz de coral e memória das mágoas.
Os versos ressoam, antigos, potentes,
Lavram a história nas mentes, nas gentes.
Oh chegança! Barco de festa e fé,
De lança, bandeira, coragem em pé!
Teus marujos cantam o velho bravado,
Do império vencido, do mar conquistado.
Bailam os corpos em honra e lampejo,
Desenham no ar o mais puro desejo:
Ser rio, ser canto, ser povo que dança,
Ser reza que ruma na chegança.
Ali se encontra o Brasil que persiste
Na palha do chapéu, no bordado que existe.
Na alma que canta e jamais se cansa
De ser o que é, maré e esperança.
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Sou Mundos!
Chris