Destas Minas, que são muitas, partimos.
Por elas passaram reis e imperadores imberbes.
Passaram cativos, clérigos, almocreves;
Nossos antepassados e nossos filhos.
Brotou em nossos peito o pátrio amor
Quando tentou nos libertar o alferes!
Jamais seremos omissos!
Nunca seremos submissos!
O Povo é seu proprio senhor!
O sonho de liberdade nos fortalece!
Jamais mendigamos por misericórdia.
Pavimentamos o nosso destino.
Entre nós, morre famélica a Dona Discórdia.
O sangue do homem se renova no menino.
Somos nossos deuses! Eternos soberanos!
Somos séculos de histórica História!
Nossa garra foi forjada a ferro e fogo na mineira memória!
Com as tripas do nossos algozes... Enforcaremos todos os tiranos!
É um grito feroz vindo de antanho
Que insiste em ultrapassar pontes e muros
Para que, antes que chegue ao futuro,
Possa tocar o coração dos queridos coetâneos!
Por isso, nenhuma alienígena nação
Ditará nosso futuro, nossa sorte!
Nenhuma ameaça a nossa soberania!
Todos em uníssono, num só coração:
Independência, emancipação ou morte!
Liberdade, mesmo que venha tardia!
Gyl Ferrys