O infinito da divinação.
Os pilares rodam com a terra.
As abóbadas rodam com o céu.
Cavernas que acolhem Deuses.
São entradas em êxtase.
Chegam no sol da meia-noite.
Cativas e inundadas de sino.
Com três cavalos a pisotear
a incerteza ardente.
Ao modo de Greco na arte das chamas.
Há que ser César com faúlhas na arena.
O delírio e a criação.
Numa embriaguez solitária.
São paraísos artificiais.
Marcel Proust leva o ser com delírios e manias.
Deus vai maltratar.
Com as ambiguidades de Orlando.
Numa lenta andadura a cavalo.
Silenciosa sobre as agulhas caídas.
Deus está em instante tédio.
Num bailado.
Ele foge.
Eu não fugirei Dele.
Vou transformar o tempo.
Como fada a determinar o génio.
Com loucuras divinas a cavalo.
Zita Viegas