Poemas : 

Popó de Talco

 
Tags:  social    vaidade    exagero  
 


aí esta bem lavadinho
quase roça a perfeição
mas ainda falta o paninho
a puxar o brilhozinho
que o dono quer atenção

não pode haver impureza
a macular a pintura
há que polir a beleza
escravo é de certeza
fachada ou alma insegura

bibelot de quatro rodas
já rola de extremo brio
ocupa as larguras todas
às ruas que são das modas
com braço de fora ao frio

mas brilho de parar brisa
tem sempre algum senão
a luz do sol enfatiza
quaisquer olhos martiriza
tamanho é o clarão

talvez pela mesma razão
a passarada que gravita
em tamanha confusão
lança misseis de aflição
e borra-lhe a escrita

lá vai de volta o fulano
desolado com o cocó
de água, um oceano
e mãos à obra no pano
a rebrilhar o popó


22-08-2025


 
Autor
AlexandreCosta
 
Texto
Data
Leituras
45
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
5 pontos
1
2
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
gillesdeferre
Publicado: 22/08/2025 19:22  Atualizado: 22/08/2025 19:22
Da casa!
Usuário desde: 14/06/2024
Localidade:
Mensagens: 465
 Re: Popó de Talco
Boa tarde

E só por isso
ao natural
sem surpresa
o meu se dá às gaivotas como o dono

que na cabeça pelada
igual o pássaro alado escreve a sua cagada...

Abraço