| Enviado por | Tópico |
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| Aline Lima | Publicado: 05/09/2025 00:21 Atualizado: 05/09/2025 00:21 |
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Administrador
Usuário desde: 02/04/2012
Localidade: Brasília- Brasil
Mensagens: 1048
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Olá, Levant.
Gostei dessa voz que se assume como véu, pedra, sombra, silêncio… uma presença que existe no limite do nada. Estranho e belo, um assombro que prende a gente. |
| Enviado por | Tópico |
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| AlexandreCosta | Publicado: 05/09/2025 16:22 Atualizado: 05/09/2025 16:22 |
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Administrador
Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 1315
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Um nada parecer que parece tudo, à conversa com o do exterior...
abraço, bom fim de semana |
| Enviado por | Tópico |
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| Levant | Publicado: 05/09/2025 21:51 Atualizado: 05/09/2025 21:52 |
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Participativo
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Mensagens: 41
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Agradeço a generosa leitura.
Na verdade, sinto que há algo de falho neste texto. Talvez uma segunda tentativa possa corrigir alguma coisa. Ou não. Talvez haja uma terceira tentativa. Ou quarta. Talvez o texto seja incorrigível. Talvez não haja nada a fazer. Talvez o texto deva ser lapidado até que desapareça. Talvez seja da natureza do texto ser falho. Aqui vai a segunda tentativa, de qualquer modo. ----#---- Pedra. Sombra. Nada Não tenho nome. Sou o véu que se deita sobre a pedra, sobre o tempo que não regressa. Sou o véu que cobre as rosas, os gerânios, os crisântemos, os lírios. Carrego silêncios sem rosto, peles de vento, sombras quebradas, solenidade sem som. Espero sem esperar. Chego sempre. Volto sempre. A minha morada é um banco vazio, a minha voz, um sopro cálido. Não caminho. Não permaneço. Sou o interlúdio entre um olhar e o nada. Sou o perfume dos dias fúnebres. Sou o véu transparente. Sou o véu para nada. Sou o véu das cinzas. Sou o véu do último sopro. Sou silêncio: pedra, sombra, nada. Carrego nos ombros a dor dos que já não respiram. Não tenho nome. Chama-me Morte. |
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