Vestígios de afectos insondáveis,
Cantados, consagrados pelos poetas,
Restos de bens-quereres execráveis
Fermentam as vontades inquietas.
Correm-se maratonas sem ver metas;
Ó busca dos amores imutáveis,
Malograda nas pontas de tais setas,
Envenenadas de intenções amáveis!
Milhares de milhões de sentimentos,
Já rarefeitos, lançados aos ventos,
Biblicamente eclipsada a razão…
Se és o último são, toma um foguetão!
Some-te daqui! Explora Plutão!
E procura-te em novos elementos.
15 de Dezembro de 2010