Sonetos : 

Pouca luz vela o dia moribundo

 
Pouca luz vela o dia moribundo,
Ainda lampeja o archote ocidental,
Incendeia o céu, fá-lo rubicundo,
O seu calor de fim faz-me imortal.

Em mim mergulha mais do que profundo,
Absorto no ocaso transcendental,
O meu mundo é maior do que este mundo,
Não sei do tempo. Já dois mil e tal?

Sou mais quanto menos houver azul,
A minha espada está no último raio,
Ou na primeira estrela que piscar…

Como as andorinhas aponto ao sul,
Que bem elas vestem o luto em Maio!
Até ao meu regresso! Se eu voltar.

11 de Maio de 2011


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 14/10/2025 06:34  Atualizado: 14/10/2025 06:34
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 Re: Pouca luz vela o dia moribundo
É um prazer ler seus belos sonetos, sempre bem elaborados a meu ver perfeitos.
Grata pela partilha.

Boa semana para o Poeta