Sonetos : 

Pouca luz vela o dia moribundo

 
Pouca luz vela o dia moribundo,
Ainda lampeja o archote ocidental,
Incendeia o céu, fá-lo rubicundo,
O seu calor de fim faz-me imortal.

Em mim mergulha mais do que profundo,
Absorto no ocaso transcendental,
O meu mundo é maior do que este mundo,
Não sei do tempo. Já dois mil e tal?

Sou mais quanto menos houver azul,
A minha espada está no último raio,
Ou na primeira estrela que piscar…

Como as andorinhas aponto ao sul,
Que bem elas vestem o luto em Maio!
Até ao meu regresso! Se eu voltar.

11 de Maio de 2011

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
18
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.