Abraço de Dezembro inominado,
Em que abarquei o mundo e o seu fim,
Mundo podre e de felicidade eivado,
Encoberto pelo teu cheiro a jasmim.
A rua, a despedida, o acabado,
O sabor do nada pousado em mim,
Nesse afago tão solto e apertado,
Do teu não feito por mim o teu sim.
Sendo que coisa alguma sempre dura,
Nem as cinzas, pois, que voltam à terra,
O sopro que deu vida se apagou…
Na paz da razão minha que murmura,
Ou deste meu instinto que me berra,
Nenhum outro abraço assim me matou!
30 de Junho de 2009