Sonetos : 

À beira-mar, coberta pela espuma

 
À beira-mar, coberta pela espuma,
A sereia do oceano tão cansada,
Agarrou o sono e assim embalada,
Foi nadando mar dentro com a bruma.

Muito após, quando a névoa já se esfuma,
E o vasto lago parece uma enseada,
Dos sete mares chegado em cruzada,
Logo a avistou e não quis mais nenhuma.

Gentil o homem, mas esfaimado e sujo,
Fundou âncora ao seu peito mareado,
Mesmo sem cântico lançou-se ao mar…

E assim se matou aquele marujo,
Pelo rabo de peixe enfeitiçado,
Que vendo o Tejo, foi-se desgraçar.

21 de Junho de 2011


Viriato Samora

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
15
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.