Sonetos : 

Bastardo às madrugadas esventradas

 
Bastardo às madrugadas esventradas,
De mim possuído em essência e em dor,
Gigante de vento, um Adamastor,
Belo e assustador, como as trovoadas.

Senhor dos semideiros, das estradas,
Do meu viver e do meu estertor,
Colosso de si, de mim domador,
Em duas meras sílabas cantadas.

Aquém ou transcendendo qualquer verso,
Qualquer pintura ultra surrealista,
Escapa à própria grandeza da arte…

De tamanho tem um tal de universo,
Demais pequeno para tal conquista,
Que não se vendo está em toda a parte.

24 de Junho de 2021


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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