Sonetos : 

Pregados na cruz os inertes braços

 
Pregados na cruz os inertes braços,
Da alva túnica da vida despidos,
À luz viva de relâmpagos baços,
Aos gritos de trovões enrouquecidos.

É Cristo morto quem se avista ao longe,
Qual virtude de dois homens no meio,
Que teima em ser no inferno asceta monge,
Somente sendo espectro e devaneio.

Mas quem se apaixonar melhor verá,
Por entre a penumbra do rude lenho,
Que afinal prostrado ele orando está…

Porque às chagas do seu calvário,
Olhando o céu e encomendando o espírito,
Subi eu, mortinho por um sudário.

08 de Abril de 1998

 
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ViriatoSamora
 
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Enviado por Tópico
iLA
Publicado: 24/05/2025 03:38  Atualizado: 24/05/2025 03:38
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 Re: Pregados na cruz os inertes braços
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Um cenário deveras interessante por ser bastante peculiar nas descrições.