Perguntaram-me o que queria ser,
Quando fosse grande, talvez alguém,
No tempo em que era jovem minha mãe,
E a noite era um simples amanhecer.
Descaía ombros sem nada lhe dizer,
Lá sorria para parecer bem,
Sei que ficava intrigado, porém,
E afastava-me triste sem querer.
Soube anos já volvidos a resposta,
Foi-me enunciada e depois imposta,
Não tenho profissão, só vocação…
E nos mares que singro sem ver costa,
Decidido, mas sem orientação,
Canto coisas da alma e do coração.
03 de Julho de 2011
Viriato Samora