A praia é dos amantes corrompidos,
Enlaçados, nos beijos encontrados,
Onde tudo é para sempre e perdidos,
No prazer em que estão desesperados.
São dogmas crus em beijos iludidos,
Os mares tão profundos escutados,
De rastos vêm sobre os corpos vencidos
E inúteis, nas marés aconchegados.
Exangue a noite, ao despontar do dia,
Bicam as gaivotas na areia fina,
Já sem marcas da perene paixão…
Oh! Perene mesmo é o coração,
Que a razão oferece à guilhotina;
Pois amor é só cheiro a maresia.
07 de Julho de 2009