Sonetos : 

Tanta murraça crua e destemida

 
Tanta murraça crua e destemida,
Pontapearam-me o cérebro no chão,
E a minha voz na leitura escondida,
Gritava, pela ousadia, perdão.

Mais uma vez, dali quase sem vida,
(Uma vez mais e quantas mais virão?)
Me levantei, pondo em cada ferida
Álcool de alma e pachos de coração.

A força com que me batem não vinga,
Diante da força que me levanta,
Mesmo sendo letal, fico de pé…

Tombarei com a lágrima que pinga,
Dentro de mim, eterna, imensa e tanta,
Que me fizeram afagos até.

14 de Novembro de 2011


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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