Tanta murraça crua e destemida,
Pontapearam-me o cérebro no chão,
E a minha voz na leitura escondida,
Gritava, pela ousadia, perdão.
Mais uma vez, dali quase sem vida,
(Uma vez mais e quantas mais virão?)
Me levantei, pondo em cada ferida
Álcool de alma e pachos de coração.
A força com que me batem não vinga,
Diante da força que me levanta,
Mesmo sendo letal, fico de pé…
Tombarei com a lágrima que pinga,
Dentro de mim, eterna, imensa e tanta,
Que me fizeram afagos até.
14 de Novembro de 2011
Viriato Samora