o passo onde me faço é instante
dose de apoteose que em mim vive
de dar ao traço espaço que me livre
da alma em pose a gnose se levante
assim que a curva turva sobrevive
só a ver-me a dizer-me adiante
na contracurva à chuva outro errante
a ler-me e a comer-me o que abstive
nestes filhos se há brilhos são só seus
nos trilhos sem cadilhos dos meus céus
Sem saber de reter quem já não sou
a alma só não tem calma no agora
acalma além da palma indo embora
Se escrevo nada devo p'ra onde vou
12-11-2025