Ceceava o teu vento
Uns segredos velhos
Vestidas folhas nuas
No breu céu raivento
A escorrer dos olhos
Duas lágrimas tuas
Delido do teu perdão
Fugi dum medo falho
Dos meus e dos teus
Passos dados em vão
Neste tempo grisalho
De ninguém, pardeus
O golpe senti-o fundo
Donde partiu o sonho
Que lhe pare o desejo
De ser um teu mundo
Que suave componho
Em pautas de gracejo
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma