Poemas : 

Véspera

 
As cidades acendem
como quem cobre um hematoma.

Por baixo,
o mesmo cinza apressado,
um frio aprendido
nos dias úteis.

O calendário pesa
mais do que devia.

Fechar cedo
virou cálculo.
Quem não aprende
paga em aberto.

Endurecer também foi cuidado.
E cansa.

Por uma noite,
ninguém exige tudo.

Sobra o que ainda precisa
de um pouco de mesa,
de um pouco mais de demora,
para não seguir tão só.


 
Autor
Aline Lima
 
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